É um filme que divide opiniões do público. Longo, cansativo, por vezes sonolento, mas com ingredientes suficientes para preencher 2:30 de projeção. É o cuidado que têm que ter esses longas metragens que se propõe a contar uma saga humana completa. Aventura, ação, amor, ódio, jogos de interesses, com tempero de guerra, e um passeio consistente sobre os aspectos culturais da locação. Porém, como foi o meu caso, para quem consegue se integrar à trama e ao roteiro, é maravilhoso.
Também foi visto com reservas pela crítica que, apesar de ser bem premiado, deveria ter sido mais. Nicole e Jackman não foram lembrados para as estatuetas. Tudo bem, tinha outros pesos-pesados no Oscar de 2009, mas deixar a trilha sonora de fora é quase uma aberração. Ora, um filme com som de Elton John (The drover's ballad) e a saudosa "Over the rainbow", do "Mágico de Oz" não estar entre os indicados foi uma falha. Trilhas parecem ser uma fixação de Baz Luhrmann, o australiano que produziu e dirigiu a trama. Ele não tem uma filmografia longa, mas tinha feito o musical "Moulin Rouge", tempos atrás, com a também australiana por opção, já que nasceu no Havai, Nicole. Quase um nepotismo.
O filme conta a história de uma emplumada inglesa, milionária, proprietária de uma fazenda na Austrália, que com os sufocos da Segunda Guerra afligindo o Reino Unido, resolve ir ver como estavam as coisas, lá, longe da fumaça das bombas. Chegando lá, se vê segura no pincel. Viúva, o marido fora assassinado, e sem entender patavinas de castração de touro. Então conhece o vaqueiro Hugh. A química entre os protagonistas, apesar das reações refratárias iniciais, é extraordinária. Algo como uma versão de estética perfeita de a bela e a fera. Wolverine se deu bem, e Keith Urban, marido da Nicole, deve ter tremido na base.
Com alguns queijos e botellas de Syrah (na Austrália chamam de Shiraz) que por lá é top de mercado, é uma boa pedida para sábado.
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