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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

DÉ-JÀ VÚ


 

Paradoxo temporal é uma viagem, uma espécie de endo-turismo, e lidar com isso é tentador. Quem não gostaria, por um lapso miserável de tempo, voltar lá, onde começaram os danos e preveni-los; ou consolidar aquela alegria que ficou empatada e conjugar a juventude no pretérito perfeito? Quem nunca experimentou um dé-jà vu e saiu por aí fazendo teses?

Dé-jà vu é uma palavra exótica, um galicismo. Vem a ser uma amagada da memória em cumplicidade com uma vontade, inexplicável para muitos e explicável para os sonhadores ou crentes. Mas isso é papo para boteco, depois da quinta dose.
O filme "Dé-jà Vu" é sobre isso: uma ficção, a meu ver muito bem feita, em função da "lógica" que se estabelece na trama. Foi realizado em Nova Orleans, em 2006/07, que acabou sendo uma homenagem a recuperação da cidade após a tragédia causada pelo furacão Katrina. Um filme que assisto, ao menos uma vez por ano.
Denzel Washington é um policial comum, intuitivo. É juntado a um programa de governo chamado "Branca de neve", que é uma janela de tempo. que permite retornar a exatos 4 dias, 6 horas, 3 minutos, 45 segundos e 14.5 nanosegundos. A ação proposta é impedir que um ataque terrorista faça o estrago que já fez. E quando nesse coquetel digital entra uma dose generosa de paixão, dobram-se os esforços para que isso se torne possível. Paula Patton valeria o esforço.
Não sou fã de ficção, mas este é especial porque entra em campo na trilha um dé-jà vu meu chamado "Don't Worry Baby", da banda californiana "The Beach Boys", que me remete a momentos apoteóticos. É um grupo dos anos 60, que toca de tudo, até música erudita com arranjos especiais e que ainda anda por aí, o que, de certa forma, justifica a teoria de que da para viver o paradoxo temporal, sem precisar mudar nada.



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