Por aqui chamamos de "Conspiração tequila", esse filme que conta com elenco poderoso. Hoje seria um clichezão, mas na época, Michelle Pfeiffer ainda vivia os rescaldos da cheirada Elvira Hancock, de Scarface. Neste enredo em posição de comando e mais maravilhosa do que nunca (ou tanto quanto sempre?)
É uma história comum, um roteiro por vezes detalhista demais, uma fotografia linda e uma trilha sonora maravilhosa, à altura dela, a protagonista. Atacamos de Duran Duran, The Beach Boys (Don't Worry Baby é um hino) e Bob Darin (a dançante e inesquecível Beyond the Sea ) entre outros muito bem votados. Digo que a trilha sonora é a segunda coisa mais linda do filme. A primeira, até os cactos do Vale da morte, do deserto de Monjave na Califórnia sabem.
A temática é pesada, uma vez que trata de um traficante desejoso pela aposentadoria (Gibson), que não consegue escapar da sua natureza, um policial de carreira imaculada (Russel), que se atrapalha entre o dever e os sentimentos, e ela que é a um tempo, maçã e serpente juntas, em uma embalagem perigosamente lúdica, sendo disputada por eles. Essa mistura de ingredientes é mais potente que a versão do coquetel de Sausalito que batiza o filme originalmente: 𝐭𝐞𝐪𝐮𝐢𝐥𝐚, 𝐬𝐮𝐜𝐨 𝐝𝐞 𝐥𝐚𝐫𝐚𝐧𝐣𝐚 𝐞 𝐱𝐚𝐫𝐨𝐩𝐞 𝐝𝐞 𝐠𝐫𝐚𝐧𝐚𝐝𝐢𝐧𝐞. A trama, porém, fica leve e de boa levada, só não espere um super clássico. E nem precisa ser, para que esse se torne um filme necessário, ou melhor indispensável. Basta ela.
É um filme gostoso de assistir e ouvir. Completam o cenário, os desnecessários Mel Gibson, Kurt Russel e Raul Julia. Tem na Amazon, mas para facilitar, tem até no Youtube, onde é sempre ruim de assistir.


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