- Estão dizendo que vão derrubar a lei seca. O que o senhor vai fazer então?
- Talvez tomar um drink...
E foi nessa baladinha conformista mesmo que acabou a vida do grande Eliot Ness, aos 54 anos: bêbado e pobre. O homem que conseguiu a façanha improvável de prender Al Capone. Bêbado justo ele, carrasco da máfia durante a Lei Seca americana. O rótulo de celebridade mexeu com a cabeça do antes "Intocável" agente Ness, e ele perdeu os freios depois da consagração.
A saga contada sobre sua vida começou com um livro escrito por Oscar Fraley, em 1957, cujo texto aprovado por Eliot e lançado um mês após sua morte, resgatou o lado herói do agente e deu inicio às demais produções (série e filme). Em matéria de produção, no entanto, o herói é muito menos glamoroso que o bandido. O velho Alphonse Gabriel Capone tinha o charme especial de um dos maiores anticristos da história. E no filme com o brilho de Robert De Niro, exibindo todo o cinismo, a prepotência e a crueldade que dizem que o "capo" tinha, além do seu guarda-roupa chique em detalhes.
"Os intocáveis", com a batuta premiada de Brian de Palma, roteiraço muito bem encaixado e trilha sonora de Morricone à altura, é um filme que eu poderia narrar, mesmo sem tê-lo revisto, de tão marcante que é. E um show de interpretação de Sean Connery em sua meia hora de participação, no filme que tem quase duas horas. Meia hora que valeu um Oscar.
Albert H. Wolff, era o "intocável" ainda vivo à época do filme e auxiliou Kevin Costner a compor o personagem de Ness. Embora registros indiquem que o agente não andava armado.
Filmaço
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