Scorsese e De Niro são uísque e barril de carvalho. Ou vinho da mesma pipa, e ambos, juntos, parecem brindar com sangue.
sábado, 12 de outubro de 2024
TAXI DRIVER
VELUDO AZUL
Isabella Fiorella Elettra Giovanna Rossellini, nome que ficaria bem em uma casa real, conhecida por nós, mais íntimos, como Isabella Rosselli. Em princípio não queria seguir a carreira dos pais, os gigantes Ingrid Bergman e Roberto Rosselli. Foi ser repórter durante um tempo, mas sua beleza a levou à Lancôme, para a qual serviu de rosto durante muitos anos, até cair quase por acaso no meio cinematográfico. Contracenou com a mãe, em 1976, depois casou com Martin Scorcese, meteu umas guampinhas nele com David Linch e a carreira estava pronta. Não por isso, claro, porém, junto com o pedigree, a beleza e algum talento... É o caso, pra cima, todo networking ajuda.
PATCH ADAMS - O AMOR É CONTAGIOSO
Passei um bom tempo da vida profissional tentando demonstrar que em negócios não se produzem amigos; que o distanciamento crítico é importante e no mais das vezes, decisivo. Porém, se amizades acontecerem, melhor ainda.
PLATOON
Há alguns anos conheci em Assis Chateaubriand-PR um cidadão, ex-pracinha da II Guerra, lotado em Monte Castello. Trouxe com ele um diário, totalmente escrito em versos, do dia em que embarcaram no Porto de Santos ao dia da volta, em 1945.
O OUTRO LADO DA MEIA NOITE
Li muito Sidney Sheldon. Tanto quanto li Fernando Sabino e Mario Prata, e menos que Carlos Zéfiro.
No final dos anos 70, quando voltava de uma viagem, comprei o livro "O outro Lado da Meia-Noite". Li num tapa, como se faz com qualquer obra do Sheldon. No final de semana seguinte fui surpreendido pelo filme, que passava no cinema Guarany ou Imperial, não me lembro bem, em Porto Alegre. Assisti ao filme e reli o livro. Nunca é a mesma coisa, porque no livro, a gente vai folheando o roteiro original, dirigindo e contracenando, e só repete as cenas não para corrigi-las, mas para degustá-las. Ninguém faz um roteiro adaptado melhor do que o nosso cérebro. O livro e o filme são ótimos. Uma pequena aula de sedução e manipulação, e do quanto sentimentos como mágoa e vingança doem mais em quem os alimenta.O centro da narrativa é a vida de duas mulheres de atitudes e histórias de vida totalmente opostos. Noelle Page (Marie‑France Pisier) e Catherine Douglas (Suzan Sarandon), lincadas por uma paixão comum: o piloto americano Larry Douglas (John Beck), galã de aeroporto, que conhece Nicole, se apaixona protocolarmente, promete o de praxe, mete uma bola nas costas dela, e se casa com Catherine.
Nicole já fora doloridamente marcada pela traição do próprio pai, que a havia "vendido" ainda adolescente a um rico empresário, do qual conseguira escapar. O desejo de vingança contra o sexo frágil (que todos sabem qual é), portanto, estava realimentado. E a coisa se vai aos extremos quando Noelle provoca um aborto cruel, parte para uma escalada sem limites em busca dos seus objetivos, usando de seus maravilhosos atributos físicos e capacidade de sedução, e se torna amante de um rico e poderoso armador grego (não tem como não lembrar de Onassis), mais vingativo e cruel do que ela.
O filme é de 1977. Em 1993 fizeram uma sequência, tanto do livro quanto do filme, chamado "Memorias da meia-noite" traduzido em filme como "Lembranças da meia-noite", porém, ambos ruins. Sidney Sheldon deve ter se arrependido de não ter feito um ou dois capítulos a mais no primeiro livro, o que teria resolveria muito bem a questão. Acaba que as tais sequências, em 10 minutos esclareceram o que teria ficado subentendido.
Bueno. "O outro lado da meia-noite" vale muito a pena ler e assistir. É uma obra forte, dramática e marcante, desde o título. Quanto a sequência, lendo a sinopse já está de bom tamanho.
UMA LINDA MULHER
O filme lançou Julia Roberts na constelação hollywoodiana, em 1990. Já Richard Gere, que nos enchia o saco desde 1975, mas invadiu de vez a nossa pista em 1980, com "Gigolô americano", teve que ser convencido a contracenar com a desconhecida.
HER
A Alexa, por vezes me dá a impressão que é mais um símbolo machista mal disfarçado. Aprisionaram uma mulher, cujas habilidades são programadas unicamente para nos servir, e o faz com competência e de acordo com o nosso agrado. Não sei como as gurias do feminismo ainda não contragolpearam com um "Jarbas" ou "Charles". "Jair" já tem, mas é a pilha, e só para tarefas leves.
A INFORMANTE
Kathryn Bolkovac é uma defensora dos direitos humanos, ex-investigadora da polícia americana e ex-monitora da Força-Tarefa das Nações Unidas na Bósnia e Herzegovina. Ela ganhou notoriedade quando processou seus empregadores por demissão sem justa causa, após infrutíferas tentativas de expor o tráfico sexual na região, com a participação de oficiais.
LOVE STORY
"Love means never having to say you're sorry” (Amar significa jamais ter que pedir perdão).
UMA RAZÃO PARA VENCER
A gente sabe desde o início o que vai acontecer no fim. É tudo muito previsível, ou melhor, é uma já história contada por ser real. Mas, como passamos o tempo inteiro armazenando emoção para despejar no momento óbvio, tudo acaba ficando justo e contemplado.
PSICOSE
De 1960, é um marco para os thrillers do seu gênero. Investe na fronteira frágil que divide o suspense e o terror, com muita sutileza. É um clássico com o carimbo de Hitchcock, que o assina participando como sempre em uma tomada, desta vez na figura de uma cowboy enchapelado.
INSTINTO SELVAGEM
Um gato angorá, desses bem felpudos, ao atravessar os trilhos teve seu rabo decepado pelo trem. Chocado com a perda, voltou para apanhar o que perdera, e teve a cabeça decepada pelo vagão. Moral da história: por um bom rabo se perde a cabeça.
VÍTIMAS DE UMA PAIXÃO
É o título brasileiro para "Sea of love" (Mar de amor). Tanto o título original como o nosso ficaria bem como letra de tango, sendo que o nosso espirra sangue dos pulsos.
PERDIDOS NA NOITE
Midnight cowboy, 1969, é um filme para ser assistido atentamente e desarmado de sinopses. Ambienta-se em uma época de grandes mudanças comportamentais, ao som de uma trilha sonora, parte do que melhor se produziu musicalmente, naqueles combos que misturavam rock, soul e country americano.
Everybody's Talkin é da lavra de Fred Neil, mas ganhou notoriedade com o filme e na voz do ótimo Harry Nilsson.